Ruy Pedro  

RUY PEDRO

A FEW WORDS ABOUT ME


Rui Pedro R. Carvalho nasceu em 1950 na Sé Velha, Coimbra e nesta cidade fez os seus estudos. Em 1975 radica-se na Figueira da Foz e aqui tem vindo a desenvolver incontáveis actividades, quer profissionais quer de lazer, que dificilmente caberia aqui detalhar. Exerceu a sua actividade profissional (até 2003, ano em que se aposentou) na área administrativa do Hospital local onde montou e foi responsável pelo funcionamento de alguns serviços.

A partir de 1985, acumulou a sua actividade profissional com a de formador nas áreas de informática e de fotografia (actividade que ainda mantém) tendo elaborado e ministrado um sem número de cursos em diversas localidades (Coimbra, Leiria, Marinha Grande, São João da Madeira, Aveiro, Viseu, Rio Maior, entre outras).

Nos seus tempos livres esteve envolvido em algumas actividades do movimento cultural e associativo do concelho, destacando a sua participação como fundador (conjuntamente com três Amigos) da Rádio Foz do Mondego, Cooperativa Cultural.

A paixão pela fotografia nasceu bem cedo, ainda no tempo de infância. As suas primeiras fotografias foram feitas com o "caixote" Kodak (Kodak Brownie) do seu Pai. Mais tarde, em meados dos anos 60 do século passado, adquiriu a sua primeira máquina fotográfica.

Tratava-se de uma Halina Paulette Electric (câmara fotográfica de 35mm com uma lente de 45mm / f2.8 e com 4 velocidades de obturação (1 / 30-1 / 250) + Bulb e, talvez o mais impressionante, dispunha de um fotómetro que não só funciona, mas que na realidade proporciona leituras sensíveis). Esta máquina fotográfica acompanhou grande parte da sua juventude e a sua utilização só veio a ser substituida muitos anos mais tarde com o advento da fotografia digital, pela Canon EOS 350D em 2005 (e por várias outras posteriormente).

Assumindo-se fundamentalmente como um fotógrafo de paisagens, o seu trabalho não deixa de ser bastante ecléctico do que são exemplo algumas incursões em outras áreas como a arquitetura monumental e a arte sacra.

Fruto talvez de dispor de muito mais tempo de lazer do que outrora e também da maturidade que a experiência da vida proporciona, verificou que através da objectiva da câmara fotográfica começou a ver o mundo que o rodeia de uma forma completamente diferente e a apaixonar-se por pequenos detalhes que antes lhe passavam despercebidos.

Fotografar é um instante de vida capturado para a eternidade, transcende o tempo, eterniza-se no momento em que a imagem é capturada e fica congelada no fotograma. É desenhar, utilizar a luz como pincel, a natureza como tinta e o sensor como tela. É eternizar momentos, sorrisos e lágrimas, expressar o que se vê ou sente, tudo imortalizando naquela singular imagem enquanto o mundo ao redor não parou e segue em contínua mutação. Como disse Ansel Adams "não fazemos uma foto apenas com uma câmara; ao acto de fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que amamos". A nossa maior câmara fotográfica é a nossa imaginação. Com ela, levamos para dentro da imagem o nosso infinito particular, a nossa maneira única de ver o que está à nossa volta, todas as nossas vivências, ao mesmo tempo que damos o nosso próprio testemunho. Quando se aponta a câmara para um objeto ou para alguém, seleciona-se um tema, faz-se uma escolha, constrói-se um significado. Conta-se uma história. Cabe a quem olha a fotografia o imenso desafio de saber ver nela, com os olhos da sua própria vivência, o que o fotógrafo quis contar.